quinta-feira, 26 de novembro de 2020

+ NOVOS LIVROS NA BECRE DA GHD +

    

 

   
  


  

     

MAIS NOVIDADES EM BREVE!
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Pergunta semanal nº 6

 As perguntas semanais

Podes responder diretamente na tua biblioteca, pedindo uma ficha à funcionária de serviço ou a uma das professoras ou dos professores que aí estiverem.

Preenche essa ficha com os teus dados e pede para a colocarem na caixa de respostas.

Também podes enviar a tua resposta para o email da biblioteca, para o endereço becre.ghd@aeghd.pt. Podes usar o código QR * que está na pergunta.

 Eis a pergunta desta semana:

 
* Um Código QR (Quick Response, Resposta Rápida) é um código de barras bidimensional que, depois de descodificado, apresenta um texto, endereço URLnúmero de telefone, um endereço de correio eletrónicoum contato, um sms ou uma localização geográfica.
Para usar esse código, temos de ter no nosso telemóvel uma aplicação que, depois de aberta, permite que apontemos a câmara do telemóvel para este código, fazendo alinhar os quadradinhos ou círculos nos cantos do código com o nosso telemóvel a depois clicar na aplicação. Irá abrir-se uma página que pode ir diretamente para a página ou para o email ou perguntar se queremos ir para essa página ou email.

domingo, 22 de novembro de 2020

Pontuações e outros assuntos da escrita

A minha professora diz que eu escrevo mal ponto Que não uso bem a vírgula vírgula ou o ponto final ponto Que se usa a vírgula quando queremos fazer uma pequena pausa no discurso vírgula ou ao fazer uma lista vírgula uma enumeração vírgula como diz a minha professora vírgula ou se introduzimos um ligeiro acrescentamento no que escrevemos vírgula por exemplo na minha opinião vírgula a meu ver vírgula ou ao escrevermos o narrador vírgula nos dois primeiros parágrafos vírgula etcétera e tal vírgula nas duas primeiras estrofes vírgula o sujeito poético vírgula e por aí fora vírgula ou ainda a separar orações sindéticas vírgula como chama a minha professora àquelas partes complicadas das frases que nada têm que ver com rezas vírgula mas que deixam muita gente a rezar para que não lhes apareçam pela frente ponto E se fazemos ponto é porque queremos mudar de assunto ou alterar a estrutura da frase ponto Também se deve usar pontos em pausas mais longas e vírgula se queremos tornar o nosso texto mais claro vírgula permitindo que o que escrevemos tenha uma melhor leitura vírgula ficando também mais simples e agradável vírgula e vírgula se passamos a mencionar algo um pouco diferente vírgula usamos então um ponto parágrafo ponto parágrafo

Do ponto e vírgula nem se fala vírgula que implica mudar um pouco o que se estava a querer dizer vírgula sem mudar na totalidade ponto e vírgula diz ainda que tenho problema em usar as reticências vírgula enfim reticências Para além de que tenho tendência a abusar dos pontos de exclamação vírgula que não devem ser usados aos dois ou três de cada vez vírgula porque um chega ponto de exclamação Referiu ainda que se deve utilizar o ponto de interrogação quanto se faz uma pergunta vírgula ou quando queremos fazer uma pergunta que não tem de ter obrigatoriamente uma resposta vírgula será que eu saberia que a isso se chamava uma pergunta de retórica ponto de interrogação parágrafo

A somar a isto tudo ainda vêm os problemas com os dois pontos vírgula que podemos utilizar quando dois pontos colocamos uma personagem a dizer algo vírgula ou seja vírgula quando vamos passar a usar o discurso direto vírgula quando passamos a fazer a tal enumeração que referi ali acima vírgula no primeiro parágrafo deste texto vírgula por exemplo numa lista da qualquer coisa vírgula ou de pessoas vírgula de uma qualquer realidade vírgula ou de um conjunto de qualidades ou assuntos ponto parágrafo 

Do uso do travessão nem se fala vírgula que serve para indicar o início de discurso direto vírgula que é quando uma personagem fala vírgula ou quando queremos introduzir uma pequena explicação a meio do discurso travessão como é o caso deste exemplo travessão vírgula em que também podem ser usados os parênteses vírgula que são sinais auxiliares da escrita vírgula se bem que estes têm uma utilização mais abrangente vírgula para citar textos ou dar exemplos de algo abrir parênteses este é um desses casos em que se introduz um exemplo entre parênteses fechar parênteses vírgula podendo ainda servir para fazer um comentário irónico ou dar uma informação extra ponto parágrafo

Depois disto tudo ainda vêm os sinais gráficos auxiliares da escrita ponto Mas que maçada ponto de exclamação Ele é o hífen vírgula que é mais curto do que o travessão vírgula usado para separar as sílabas das palavras quando deixa de haver espaço no final de uma linha e temos que passar para a linha seguinte se a palavra não cabe toda na linha de cima travessão a que se dá o nome de translineação travessão vírgula ou no caso das palavras compostas ou das formas verbais pronominais abrir parênteses que é como a minha professora chama aos verbos conjugados com pronomes fechar parênteses que aparecem associadas a pronomes vírgula por exemplo hífen me vírgula hífen te vírgula hífen se vírgula hífen nos vírgula hífen vos vírgula hífen o ou hífen a vírgula hífen lhe vírgula em calo hífen me vírgula vamo hífen nos embora vírgula vejo hífen a ou emprestei hífen lhe o meu livro ponto Ah ponto de exclamação vírgula e ficou por dizer que não devemos colocar hífen no princípio de uma linha quando separamos uma palavra vírgula a não ser que ela seja separada exatamente pelo hífen vírgula como é o caso de diz hífen se vírgula que pode levar um hífen em diz no final da linha e outro no princípio de hífen se se essa parte da palavra passar para a linha de baixo ponto Complicado vírgula não é ponto de interrogação parágrafo

Ficam ainda a faltar as aspas vírgula que podem ser elevadas ou em linha vírgula que há quem diga aspas altas e aspas baixas vírgula o asterisco vírgula a barra oblíqua abrir parênteses ou apenas barra fechar parênteses vírgula os parênteses retos vírgula que há quem lhes chame colchetes vírgula e ainda a chaveta ponto Livra ponto de exclamação parágrafo

Não quero nem falar dos sinais de acentuação vírgula a que a minha professora diz que devo ser alérgico ponto parágrafo

E se fôssemos falar aqui da maneira como escrevo vírgula isto ia dar um tratado vírgula que é o nome que se dá abrir parênteses ou dava fechar parênteses aos textos longos vírgula longos vírgula mesmo muito longos sobre um assunto qualquer vírgula embora também se use o termo abrir parênteses como diria a minha professora vírgula que eu cá dizia palavra e pronto fechar parênteses para referir alguém assim um bocado para o complicadinho vírgula que é o que a minha professora diz que eu sou vírgula e agora vou usar um ponto final vírgula que é o que se escreve mesmo no fim ponto final

 João Rezendes Costa, novembro 2020





quinta-feira, 19 de novembro de 2020

NOVOS LIVROS NA BECRE DA GHD NOVOS LIVROS NA BECRE DA GHD NOVOS LIVROS NA BECRE DA GHD NOVOS LIVROS NA BECRE DA GHD

 


    


 


MAIS NOVIDADES EM BREVE!
 

Pergunta semanal nº 5

As perguntas semanais

Podes responder diretamente na tua biblioteca, pedindo uma ficha à funcionária de serviço ou a uma das professoras ou dos professores que aí estiverem.

Preenche essa ficha com os teus dados e pede para a colocarem na caixa de respostas.

Também podes enviar a tua resposta para o email da biblioteca, para o endereço becre.ghd@aeghd.pt. Podes usar o código QR que está na pergunta.

 Eis a pergunta desta semana:


 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Racismo e xenofobia — o que são?

Xenofobia e racismo são dois conceitos diferentes mas que muitas vezes se traduzem em atitudes semelhantes de discriminação em relação a alguém. A xenofobia está direcionada para alguém que vem de outro país, mesmo que seja da mesma etnia. Por outro lado, o racismo é a discriminação fundamentada na existência de uma raça superior às outras.

ra·cis·mo 

(raça + -ismo)

substantivo masculino

1. Teoria que defende a superioridade de um grupo sobre outros, baseada num conceito de raça, preconizando, particularmente, a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo visando o extermínio de uma minoria.

2. Atitude hostil ou discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, nomeadamente etnia, religião, cultura, etc.

Palavras relacionadas: anti-racismo, racista, anti-racista.

"racismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013 https://www.priberam.pt/dlpo/racismo [consultado em 18-09-2017]


xe·no·fo·bi·a 

(xeno- + -fobia)

substantivo feminino

Aversão aos estrangeiros, ao que vem do estrangeiro ou ao que é estranho ou menos comum. = XENOFOBISMO

Ver também dúvida linguística: pronúncia de xenofobia.

Palavras relacionadas: xenofobismo, xenofóbico, anti-islâmico, xenófobo.

"xenofobia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/xenofobia [consult. em 18-09-2017].




O RACISMO NAS ENCICLOPÉDIAS

O RACISMO, discriminação de povos ou pessoas com base no preconceito da sua inferioridade, tem sido, ao longo dos séculos, parte integrante das mais diversas ideologias e formas de organização social. Esteve, por exemplo, na base da escravatura em muitas civilizações, das judiarias no nosso país, da perseguição conduzida por Adolf Hitler a judeus, ciganos e outros povos, e levada a cabo pelo Terceiro Reich, do apartheid sul-africano, etc. Ainda hoje, os preconceitos de raça, se bem que não marquem a estrutura da maior parte das sociedades, manifestam-se de formas variadas em muitas partes do globo. 

O racismo tem sido justificado de muitas maneiras: na maior parte das vezes, pela ideia de que certos povos são intelectualmente inferiores ou bárbaros (porque apresentam costumes diferentes, seguem outras religiões, etc.) ou com base em nacionalismos que veem na sujeição ou rejeição do outro (xenofobia) a defesa do seu próprio modo de vida. No mundo ocidental, o sentimento antijudaico (cuja expressão maior foi o Holocausto nazi) tem a particularidade de se centrar na (suposta) perversidade, e não na inferioridade, dos Judeus, a pretexto da condenação de Cristo, narrada na Bíblia. Para muito autores, tudo isto são manifestações de um etnocentrismo (quando não de fanatismo) que vê tudo à medida de uma determinada cultura, sem compreensão nem tolerância para com as culturas diferentes. 

Nas épocas Moderna e Contemporânea foram dados importantes passos na luta contra o racismo. Os contactos entre diferentes povos e culturas intensificaram-se, com cada vez maior abertura e conhecimento de parte a parte. O século XIX assistiu à abolição da escravatura numa série de países e a luta contra a discriminação racial tem envolvido personalidades tão destacadas como Martin Luther King e Nelson Mandela, registando progressos significativos. 

O racismo vai contra os princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, que afirma a igualdade de todas as pessoas. 

A 21 de março, comemora-se o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

Como referenciar: racismo in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-09-18 16:58:25].

Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$racismo




A XENOFOBIA

TAL COMO A DEFINE UMA ENCICLOPÉDIA

A XENOFOBIA é um medo excessivo, descontrolado e desmedido em relação a pessoas estranhas, com as quais nós habitualmente não contactamos. O medo é uma resposta normal ao perigo ou ameaça. A intensidade dessa resposta varia de acordo com as diferentes situações e as diferentes pessoas.  

Esta doença insere-se no grupo das perturbações fóbicas e, dentro deste grupo, é considerada uma fobia específica. Estas fobias são caracterizadas por ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a uma situação ou objeto temido (neste caso são as pessoas estranhas ao doente), que frequentemente conduz a um comportamento de evitamento.  

As pessoas que apresentam este medo persistente, irracional, excessivo e reconhecido como tal, tendem a evitar o contacto com estranhos uma vez que esta situação lhes provoca extrema angustia, ansiedade, aumento da tensão arterial e da frequência cardíaca. Nos casos mais graves podem, inclusive, ter um ataque de pânico. O evitamento, antecipação ansiosa ou mal-estar em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, funcionamento ocupacional, relacionamentos e atividades sociais desenvolvidas.  

A presença deste tipo de fobia nas pessoas está habitualmente relacionada com acontecimentos traumáticos que envolvem o objeto ou situação fóbica e/ou fatores psicossociais.  

Para o tratamento da xenofobia são normalmente utilizados os métodos da terapia comportamental. O principal princípio desta terapia no que concerne às fobias, é o da exposição ao objeto ou situação fóbica. No caso particular da xenofobia, será a exposição do doente a pessoas estranhas. Assim sendo, o sujeito vai descobrir que tal situação aterrorizadora não representa qualquer perigo ou ameaça como ele imaginava. Para ser possível este tipo de encontros, o sujeito vai aprender determinadas técnicas para lidar com a ansiedade ou angústia que sente em relação ao encontro com pessoas desconhecidas. De todos os métodos comportamentais, a dessensibilização sistemática parece ser o que melhor resulta no tratamento da xenofobia, uma vez que a exposição à situação ou objeto fóbico é gradual.  

A técnica de dessensibilização sistemática foi desenvolvida entre 1952 e 1958 por Joseph Wolpe (psiquiatra sul-africano defensor da terapia do comportamento). O doente, durante um estado de relaxamento físico, vai imaginar uma hierarquia de situações que lhe provoca ansiedade, com o objetivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a finalidade da diminuição das respostas ansiosas.  

Este tipo de perturbação fóbica habitualmente implica o desenvolvimento de crenças irracionais, pelo que também é recomendado que se busquem estratégias cognitivas que trabalhem tais crenças.  

Em alguns casos mais graves é habitual a administração de medicamentos que tenham por objetivo principal a diminuição da ansiedade extrema, uma vez que esta impede que se realizem as sessões terapêuticas de uma forma eficaz.

Como referenciar: xenofobia in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-09-18 16:59:00].
Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$xenofobia 


Para concluir...

O racismo é a doutrina que defende que há etnias superiores a outras; é também o preconceito que leva a ver como inferiores os indivíduos de etnia diferente.

A xenofobia é, etimologicamente, «a aversão aos estrangeiros», do grego 'xénos', «estrangeiro», e 'phóbos', «temor» (cf. Dicionário Houaiss). Ser xenófobo teria aparentemente uma dimensão mais emocional, mas na prática acaba por se confundir com racista, dado que ambos os termos têm em comum a ideia de «preconceito». Esta é claramente oposta à de «razão» ou «racionalidade», até pela sua própria etimologia: trata-se de um conteúdo mental que ainda não chegou à elaboração de um «conceito».

A formação de preconceito é disso ilustrativa: trata-se de um derivado, formado por pré- e conceito, ou seja, interpretável como «anterior ao conceito» ou anterior a todo o exame crítico que conduz ao verdadeiro conceito.

Em: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/que-nos-contam-as-palavras-racismo-e-xenofobia/4263 [Consultado em 24-09.2019]


Todas estas questões, nomeadamente o racismo e a xenofobia, têm vindo a colocar-se cada vez mais na ordem do dia face ao fluxo de refugiados provenientes da Síria, do Iraque, e também de África que se dirigem à Europa, sobretudo aos países mais ricos do norte do nosso continente, fugindo da guerra e da pobreza, tendo frequentemente sido vítimas de naufrágios no Mediterrâneo, da exploração de indivíduos e grupos que praticam tráfico humano, e ainda da recusa de alguns países em recebê-los.


Conclusões finais

As transformações na educação levam tempo a surtir efeitos e é  urgente quebrar o círculo vicioso da exclusão das minorias étnicas “racializadas”. Devido à centralidade do trabalho na vida contemporânea, é essencial garantir a plena integração dos imigrantes e das minorias, nomeadamente os ciganos, no mercado de trabalho formal. 

É importante reforçar os mecanismos dissuasores da discriminação racial de modo a que não se crie, por um lado, a ideia de que atos racistas podem ficar impunes e, por outro, entre as vítimas de discriminação, a ideia de que não vale a pena recorrer aos mecanismos de proteção legal devido à sua ineficácia.

A grande operação policial contra os grupos de extrema-direita que difundem mensagens de ódio racial contra judeus, árabes e imigrantes foi um passo certo, na medida em que toda a vigilância contra as formas extremas de racismo é pouca. No entanto, não é esta hoje a forma mais comum de discriminação racial.

Após a segunda guerra mundial e a revelação dos crimes nazis contra ciganos, judeus e outros grupos, a condenação generalizada dos ideais de supremacia racial levou a uma diminuição no espaço público das afirmações abertas de superioridade racial, prevalecendo assim o que na literatura se chama a norma anti-racista. Isto não significa que tenha acabado a inferiorização de  grupos,  mas agora esta inferiorização apresenta-se de forma mais subtil, acentuando as diferenças culturais e atribuindo aos grupos inferiorizados características culturais menos valorizadas. O tipo de discriminação que resulta é menos a violência racial do skinhead e mais a discriminação quotidiana no emprego, na habitação, na educação, que raramente se assume como racista. Acabar com esta forma de menorizar e inferiorizar grupos inteiros de seres humanos é uma  tarefa essencial de qualquer agenda igualitária. Porém, primeiro temos de ter a coragem de assumir que ela existe e substituir a verdade incómoda de que o inimigo está entre nós pela mentira reconfortante que insistimos em acreditar.

Bibliografia:

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013 https://www.priberam.pt/dlpo/

Ciberdúvidas da língua portuguesa
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/que-nos-contam-as-palavras-racismo-e-xenofobia/4263

  

  

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O nosso «Bicho de Sete Cabeças»

 Olá.

Também podes participar neste jogo de adivinhar enigmas.



Também podes ir à biblioteca da Escola Básica General Humberto Delgado e pedir um boletim de resposta e colocá-lo na caixa depois de preenchido.

Ou podes enviar uma mensagem de e-mail com a resposta e a tua identificação, por exemplo usando o código QR abaixo, ou seguindo o link da linha de cima.

Concorre.

 


«Um cheirinho a livro»

 

Olá.

Vamos tentar adivinhar a que livros pertencem estes excertos?





Vamos tentar.

O excerto nº 37 pertence a...

O excerto nº 38 pertence a...

O excerto nº 39 pertence a...

E o excerto nº 40 pertence a...

Adivinhaste?

Então podes ir à biblioteca da Escola General Humberto Delgado e preencher uma ficha para te candidatares a prémios.

Ou podes enviar-nos a tua resposta por correio eletrónico. Basta clicares no código abaixo e enviar as respostas e a tua identificação (nome, ano, turma, nº de cartão).



Boa sorte.


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Pergunta semanal número 4

 Aqui está a continuação da nossa atividade iniciada no ano letivo passado, e que tivemos de interromper devido à pandemia:

As perguntas semanais

Podes responder diretamente na tua biblioteca, pedindo uma ficha à funcionária de serviço ou a uma das professoras ou dos professores que aí estiverem.

Preenche essa ficha com os teus dados e pede para a colocarem na caixa de respostas.

Também podes enviar a tua resposta para o email da biblioteca, para o endereço becre.ghd@aeghd.pt.

 

Aqui fica a questão desta semana:

  

  


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Bullying - uma animação

Entre os muitos filmes de animação interessantes da PIXAR, encontramos um sobre bullying.

Embora a versão disponível no YouTube não esteja completa, fica-se com uma visão geral do pequeno filme animado.


 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

BULLYING - O que é?

O que é o bullying?

Existem várias definições para esta realidade, mas podemos dizer que o bullying é uma forma de violência contínua que acontece entre colegas ou entre pessoas que tenham alguma característica em comum (como, por exemplo, terem mais ou menos a mesma idade ou estudarem no mesmo sítio).



QUE FORMAS DE BULLYING EXISTEM?

BULLYING FÍSICO:

- Empurrar, amarrar ou prender.

- Dar bofetadas, murros ou pontapés.

- Cuspir, morder.

- Roubar dinheiro ou outros bens pessoais.

- Rasgar roupa e/ou estragar objetos.

BULLYING SEXUAL:

- Insultar ou fazer comentários de natureza sexual.

- Obrigar à prática de atos sexuais.

BULLYING VERBAL:

- Chamar nomes.

- Gritar.

- Gozar, fazer comentários negativos ou críticas humilhantes.

- Ameaçar.

BULLYING SOCIAL:

- Deixar de fora dos trabalhos de grupo e/ou dos jogos.

- Inventar mentiras.

- Espalhar rumores, boatos ou comentários negativos ou humilhantes.

CYBERBULLYING: 

Espalhar informação falsa, assediar/perseguir, incomodar e/ou insultar através de SMS, MMS, e-mail, websites, chats, redes sociais.

BULLYING HOMOFÓBICO:

É uma forma de bullying motivada pelo preconceito em relação à orientação sexual ou identidade de género de outra pessoa (seja essa pessoa homossexual, heterossexual, bissexual ou transsexual).

Pode tomar a forma de bullying físico, sexual, verbal, social e/ou cyberbullying, como, por exemplo:

- Contar (ou ameaçar contar) a outras pessoas, contra a nossa vontade, segredos ou informações sobre a nossa sexualidade;

- Discriminar com base na nossa identidade e expressão do género sexual (relacionado com a maneira como nos vestimos ou nos expressamos);

- Fazer comentários negativos de cariz sexual e/ou gestos obscenos;

- Praticar toques sexuais indesejados ou outros atos sexuais contra a nossa vontade;

- Fazer comentários e/ou piadas homofóbicas;

- Denegrir a nossa imagem junto de outras pessoas, inventando mentiras ou espalhando rumores/informação falsa;

- Excluir propositadamente do nosso grupo de amigos e/ou forçar o afastamento dos amigos ou das pessoas que nos são mais próximas;

- Deixar de fora das atividades, dos desportos/jogos e/ou das coisas que gostamos de fazer.

AFINAL O QUE É O CYBERBULLYING?

É uma forma de bullying cometido através da Internet e das novas tecnologias, em que alguém (normalmente uma pessoa/grupo que conheces da vida “real”) procura ofender, envergonhar e humilhar outra pessoa.

Qualquer jovem pode ser vítima de cyberbullying através de, por exemplo:

- emails ou mensagens recebidas (no telemóvel, no Facebook, em chats) com ofensas, insultos ou ameaças;

- emails ou mensagens recebidas (no telemóvel, no Facebook, em chats) contendo vídeos e/ou fotos que causam desconforto ou embaraço;

- emails recebidos contendo vírus;

- uso das passwords para entrar no email e/ou na conta do Facebook para enviar emails insultuosos ou para publicar informação ofensiva ou falsa (sobre nós ou sobre pessoas que conhecemos);

- emails, mensagens ou comentários  partilhados com outras pessoas (pelo telemóvel, no Facebook, em chats), que contenham informação falsa ou humilhante sobre nós, tais como comentários, fotos, imagens ou vídeos, para envergonhar e prejudicar. 

O que é o CYBERSTALKING?

STALKING significa um conjunto de comportamentos de assédio persistente e de contactos indesejados efetuados por uma pessoa contra outra, com o objetivo de conhecer, seduzir, começar (ou reatar) uma relação mais íntima com essa pessoa (por exemplo, namoro). Esses contactos e aproximações são feitos de uma forma que causa desconforto, assusta e intimida a outra pessoa. 

O CYBERSTALKING é uma forma de stalking que envolve o uso da Internet e das novas tecnologias para comunicar e tentar o contacto ou a (re)aproximação a alguém. 

A pessoa que realiza este tipo de comportamentos pode ser:

- desconhecida;

- conhecida (ex.: ex-namorados/as; amigos; colegas).

O stalking pode começar por contatos que parecem inofensivos e românticos como, por exemplo:

- ligar constantemente para dizer ‘olá’ ou para perguntar ‘como estás?’;

- enviar várias mensagens escritas ou emails com juras de amor.

Estes contactos podem evoluir para situações cada vez mais incómodas e reais, por exemplo:

- aparecer nos sítios que a pessoa frequenta, por exemplo, no café;

- vigiar os passos da pessoa, acompanhado as atividades e percursos que esta vai fazendo;

Os contactos e aproximações podem mesmo chegar a envolver violência física ou verbal e ameaças.

 
O bullying é a única forma de violência que acontece na escola?

Não. Para além do bullying, há outras formas de violência na escola, por exemplo: roubos; vandalização do material ou da propriedade escolar; violência contra professores ou outros funcionários; violência dentro da sala de aula; violência sexual; violência no namoro.

A violência entre colegas é normal quando se está na brincadeira?

Não. A violência não é um comportamento normal. A violência também não é uma brincadeira. Nas brincadeiras é suposto que todos os intervenientes retirem gozo e prazer da experiência. Os colegas podem “pregar” partidas uns aos outros mas, quando essas brincadeiras têm como propósito envergonhar, magoar ou prejudicar outra pessoa, deixam de ser partidas para serem um comportamento agressivo ou violento.

Se pensares em “como me sentiria se fosse eu que estivesse no lugar daquele/a rapaz/rapariga que está ali a ser gozado/a?”, rapidamente percebes que a brincadeira só é engraçada para alguns (para quem está a ser gozado/a não é engraçado e, pelo contrário, pode causar vergonha, medo e muito desconforto).

Quem comete mais bullying: os rapazes ou as raparigas?

Ambos. Quer rapazes, quer raparigas podem cometer bullying. Os rapazes e as raparigas distinguem-se pelas formas de agressão que costumam usar:

As raparigas envolvem-se mais facilmente em formas de bullying social, como espalhar rumores, excluir alguém de um grupo ou outras estratégias que procuram humilhar a pessoa no seu grupo de amigos.

Os rapazes recorrem a formas de bullying mais diretas, como os empurrões, a agressão física e os insultos.

Quando é que o bullying começa?

O bullying é um comportamento que geralmente se inicia no ensino básico. Pode, no entanto, continuar durante o ensino secundário e a idade adulta. Se ninguém tomar qualquer atitude em relação à situação, alguém que é agressivo/a quando é jovem manterá esse comportamento nos seus relacionamentos futuros (de amizade, de trabalho, de intimidade).

Excluir um colega do grupo ou espalhar rumores acerca de um amigo pode causar o mesmo impacto do que a violência física?

Sim. O impacto psicológico de uma experiência de violência depende de diferentes fatores:

- do tipo de violência - quando a violência é prolongada no tempo e envolve formas mais graves de agressão, como a agressão física ou a sexual, o impacto negativo pode ser maior;

- das características da vítima - os jovens inseguros e com menos autoestima podem sofrer um impacto negativo mais acentuado;

- do apoio dos pais, professores e amigos - se a vítima estiver mais isolada e decidir não contar a ninguém o que se está a passar, o impacto negativo pode ser mais intenso; ao mesmo tempo, ao não contar o que está a acontecer, o risco de a violência se repetir é maior.

O risco de a violência causar lesões, ferimentos e problemas físicos na vítima é, em princípio, maior quando a situação envolve violência física, porque existe contacto direto entre a vítima e o/a agressor/a. A exclusão e o “espalhar” de rumores pode acontecer sem que vítima e agressor/a estejam cara-a-cara, por isso, o risco de lesões ou ferimentos é menor.

Um dos meus amigos tem sido vítima de bullying.

O que posso fazer para ajudar?

Podes apoiá-lo/la e dar-lhe mais atenção, passando, por exemplo, mais tempo com ele/ela. Deves mostrar que compreendes o que ele/ela está a viver e que entendes que não queira contar a ninguém. Mesmo assim, aconselha-o/a a contar a alguém: diz ao teu amigo/a para procurar ajuda junto dos pais, dos professores ou de outros profissionais.

O que fazer se fores vítima de bullying:

Conta o que se está a passar a um/a amigo/a ou colega em quem confies. A simples presença de um amigo/a ou colega pode ajudar-te e proteger-te.

Conta o que se está a acontecer a algum adulto de confiança que trabalhe na escola. Conta também aos teus pais. 

Os adultos só poderão ajudar-te se souberem o que estás a viver.

Também podes ligar para a APAV (Associação de Apoio à Vítima). Para saber como nos contactar procura os contactos na Internet. Podes pedir ajuda sem te identificares. O apoio é gratuito e confidencial. A APAV presta apoio a todas as vítimas, independentemente de terem ou não denunciado a situação às autoridades.    

Mesmo assim, é importante que a situação seja denunciada às autoridades.

Quer tenhas ou não pedido ajuda ou denunciado o que se estiver a passar, há algumas estratégias que podes sempre usar para te protegeres: 

- Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises.

- Quando saíres diz a alguém em quem confies onde vais e a que horas regressas. Avisa sempre os teus pais.

- Procura caminhos alternativos para os locais que costumas frequentar (por exemplo, de casa para a escola e da escola para casa).

- Procura andar na companhia de pessoas em quem confies. Evitar ser “apanhado/a” sozinho/a é uma forma de evitar as investidas do(s) agressor(es). 

- Se te deparares com o(s) agressor(es) responde com segurança, sem medo e sem violência. Não mostrares que estás assustado/a pode ser suficiente para que o bullying acabe. 

- Se sentires que estás numa situação de perigo, vai para um local onde te sintas seguro/a ou para um local onde estejam mais pessoas. Também podes ligar 112. O profissional que te atender enviará para o local em que te encontras os meios necessários para te proteger.

DEVO DENUNCIAR?

QUALQUER PESSOA QUE TENHA SIDO VÍTIMA DE CRIME OU QUE TENHA TESTEMUNHADO A OCORRÊNCIA DE UM CRIME PODE DENUNCIÁ-LO.

Se foste vítima ou testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.

Decidas o que decidires, tens sempre direito a ser apoiado/a. Mesmo que não denuncies o crime, é muito importante falar com alguém sobre o que te aconteceu, sobre como te sentes e obter todo o auxílio e apoio de que necessitas. 

É natural que te sintas apreensivo/a por ter que falar com os teus pais, com os teus professores ou com as tuas professoras, ou com as autoridades policiais sobre o que aconteceu ou sobre o que testemunhaste. Contudo, podes ter ajuda ao longo de todo o processo. 

É importante que pais, professores a amigos da vítima de bullying e cyberbullying estejam atentos aos sinais desta agressão, tais como:

- Isolamento.

- Decréscimo no rendimento académico ou profissional ou aumento das horas de estudo (por exemplo, o tempo dedicado à atenção virada para uma só tarefa).

- Não querer estar com amigos e colegas.

- Não querer sair de casa.

- Não atender o telefone.

 
ALGUNS CONSELHOS

- Colocar o computador num local comum.

O simples facto de o computador estar num local onde toda a gente passa, previne que muitas vezes se deixe que os agressores vão mais longe. Principalmente em crianças, que são mais inocentes e não têm tantas defesas, assim sempre podem ter um adulto por perto a verificar o que se passa online. E caso suceda algo, deve-se conversar com a criança e explicar-lhe que ela não tem o direito de ser humilhada e agredida.

- Não partilhar dados pessoais.

Apesar de ser algo se já se devia saber, ainda há quem partilhe dados pessoais, como fotos e número de telemóvel à disposição no Facebook, e isso facilita a vida aos agressores.

- Guardar as mensagens de cyberbullying.

Podem não ser muito agradáveis de ler, mas são uma prova caso o assunto se torne mais problemático e necessite da intervenção de entidades especializadas.

- Mudar de email.

Quando sentires que estão a usar o teu e-mail em sites, muda-o. Isto aplica-se também a passwords, contas de redes sociais, etc.

 
Para saberes mais, podes consultar páginas na Internet que te podem ajudar.

Eis algumas, que nos serviram também de bibliografia:

APOIO À VÍTIMA PARA JOVENS

PORTAL DO BULLYING

SOBRE CYBERBULLYING

FILMES SOBRE CYBERBULLYING:

Cyberbully — Ameaça virtual (2011)

Cyberbully (2015)

Marion, 13 anos Para Sempre (2016)